Todos nós temos lembranças, memórias e fontes históricas para compartilhar. Vamos refletir sobre esse belo poema:
Caixa de Saudade
“Desde menina guardo, na minha sala da memória numa caixa de saudade, velhas cartas, fotografias e objetos coloridos de encantos e desencantos.
Lá estão o bigode áspero do meu pai, o dedal paciente de minha mãe, a trança despenteada da minha irmã, duas bolas de gude quebradas que roubei dos meus irmãos; na fita da primeira comunhão, a medalhinha de Santo Antônio que a minha tia-madrinha e casamenteira me deu; o primeiro cartão-postal do vizinho João, com o cadeado do diários que perdi quando fiz quinze anos.
A carta, marcada com meu batom, amarrada numa outra, cuidadosamente desamassada, que ainda leio; o anel de rubi, que não serve mais no anular, na mesma correntinha, com os dentinhos do meu filho, sob a oração do seu sétimo dia, e o último poema que lhe escrevi.
Todos os meus coloridos encantos e desencantos estão protegidos do tempo. Num instante, num dia, muito tempo atrás, nesse relógio parado, sem corda, que junto deles deixei.”
(FALCONE, Sandra. Notícias de mim. São Paulo: Lemos Editorial, 2000)
Os estudantes do 6º ano não devem esquecer para a próxima aula de História na terça-feira dia 13/03 de trazerem:
- uma caixa de sapatos
- cola, tesoura, e papel colorido ou de presente
Iniciaremos nossa caixa de saudades e reescreveremos nosso próprio poema.
Espero vocês e um grande abraço!