quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Para 7º ano - Professora Carla Lanza

Leitura de Imagem - Cartaz
Segue a reportagem sobre o tema tratado em sala, a partir da análise e discussão do cartaz (imagem) da rosa abaixo.
Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/mutilacao-genital-feminina-barbarie-fim-534599.shtml>

SAÚDE
Anistia Internacional/Divulgaçao

MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA

Barbárie sem fim

Nada menos que 97% das egípcias entre 15 e 47 anos sofreram mutilação genital. Na África, são 92,5 milhões de mulheres acima dos 10 anos que tiveram o clitoris ou também os pequenos lábios ou mais os grandes lábios extirpados por uma faca, sem anestesia, e depois o estrago foi costurado com agulha. Diariamente, 8 mil meninas passam por essa tortura lá e em outros países do Oriente Médio, da Ásia e Europa. Por que é tão difícil acabar com esse crime bárbaro?

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Iara Biderman - Claudia - 02/2010

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A mutilação genital é um dos crimes mais pavorosos que se pode cometer contra a mulher. O número de mortes causadas por essa prática tribal ancestral é incerto, mas estima-se que, nas regiões onde há escassez de antibióticos, um terço das meninas morra imediatamente em decorrência dela e 100 mil adolescentes morram a cada ano por complicações de parto associadas à mutilação. Mesmo quando não culmina em morte, ela resulta em vidas estraçalhadas. A circuncisão feminina traz dores inimagináveis, prejudica a fertilidade, tira da mulher a possibilidade de ter prazer sexual. Embora alguns países, como o Egito, venham tentando frear a mutilação feminine com leis duras e multas pesadas em dinheiro, os avanços ainda são tímidos, segundo relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O estudo Mulheres e Saúde: Evidências de Hoje, Agenda de Amanhã, publicado no ano passado pela OMS, traz os números mais recentes. A estimativa é de que, na África, 92,5 milhões de mulheres e meninas com mais de 10 anos sofrem as sequelas da mutilação – entre elas, 12,5 milhões têm entre 10 e 14 anos. De acordo com a publicação, cerca de 3 milhões de meninas continuam a ser mutiladas anualmente e a redução de casos foi muito pequena nos últimos anos. Os dados também mostram aumento do número de procedimentos feitos por profissionais de saúde, diminuição da idade em que as meninas são submetidas ao corte genital e um crescimento significativo de meninas submetidas à mutilação antes dos 5 anos. Os danos não se restringem às mulheres. Um estudo da OMS revela que bebês nascidos de mães circuncidadas têm um risco até 55% maior de morrer imediatamente após o parto.

Parte da dificuldade para combater essa prática atroz nasce da constatação de que se está lidando com um ritual considerado divino por algumas populações – especialmente no Egito e em Uganda. A circuncisão feminina tem status de rito de passagem para a vida adulta e o casamento em vários países africanos, em alguns asiáticos e em porções do Oriente Médio. Muitas vezes, traves te-se de obrigação re ligiosa. O preceito seria baseado em interpretações do Corão, da Sharia (lei islâmica) e do Haddith (compilações de ditos do profeta Maomé, fundador da religião muçulmana), embora tenha sua origem em costumes tribais pré-islâmicos. Não há consenso sobre a base religiosa reivindicada pelos praticantes. Em 2007, o Conselho de Estudos Islâmicos, ligado à Universidade Al-Azhar, no Cairo, um dos grandes centros de teologia muçulmana do mundo, declarou oficialmente que o corte da genitália feminina é “danoso, não tem base alguma na lei islâmica e não deveria ser realizado”. Não há registros de que seja feito em países de lingual árabe do norte da África, com exceção do Egito – ali, estimativas de 2005 apontavam que quase 97% das mulheres entre 15 e 49 anos tinham sido submetidas à mutilação genital. Casos esporádicos em países da Europa e da América do Norte ocorrem no interior de comunidades de imigrantes, vindos dos países que adotam o costume. Não há notícia da prática no Brasil. 

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