Trabalhamos nessa quinta feira, algumas charges relacionadas a Era Vargas (1930-1945). Os estudantes receberam as charges e foram desafiados a fazerem uma leitura crítica das mesmas.
Uma delas é a que esta exposta acima. Deixo aqui alguns comentários feito no site Educador Brasil Escola.
Feita pelo cartunista Chico Caruso, nessa charge "o aluno encontra Getúlio Vargas trajado de formas diferentes e levando consigo alguns acessórios que compõe a cena. Iniciando o uso do material, questione junto à turma por que Caruso fez várias representações de Vargas em um único desenho. Através de uma rápida conversação, fica claro que o chargista difere os períodos históricos da carreira política de Vargas em cada uma das “versões” apresentadas do mesmo político.
Entendendo a charge dessa forma, vemos a existência de uma linha do tempo em que são revelados linearmente os momentos vividos na Era Vargas...
...Na primeira, podemos destacar as botas e a farda como uma alusão ao movimento que o colocou no poder: a Revolução de 1930. Naquele momento, o apoio dos militares integrantes do movimento tenentista foi de peso fundamental para que o político gaúcho chegasse ao poder. Mais do que se vestir como militar, Vargas entregou o governo de vários estados a militares que foram nomeados como interventores.
No segundo desenho, temos Vargas trajando um terno e ostentando a faixa de presidente do Brasil. O tom oficial e legal da imagem está ligado ao fato de que ele agora assumia a presidência sob a aprovação da Constituição de 1934. Logo em seguida, com semblante mais grave e portando um livro às mãos, a sequência de Caruso revela o justo momento em que o Estado Novo inaugurava o período ditatorial da Era Vargas.
O livro em mãos pressupõe uma referência à Constituição de 1937, que legitimava um governo autoritário e não reconhecido por representantes do Legislativo. Na charge, o período ditatorial se encerra com um Getúlio Vargas em trajes informais que não mais fazem alusão à figura do presidente. Supostamente, a imagem indica o processo de redemocratização do Brasil, quando Vargas abre mão do Estado Novo e passa cinco anos em sua fazenda à espera da oportunidade que o recolocaria na presidência.
Por fim, encerrado o quadro exposto, Caruso mostra um Getúlio Vargas abatido e levando uma arma nas mãos. Nesse último retrato temos Vargas na iminência do seu suicídio. Antes do fatídico evento, temos o desenvolvimento de tensões políticas que colocaram o governante entre o interesse do bloco desenvolvimentista e as demandas nacionalistas. Somadas as acusações de tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, o líder político acabou se matando..."
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/uma-revisao-sobre-era-vargas.htm
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